Por Daniel Castro (Folha de S. Paulo)
A Globo vai fazer uma campanha interna para tentar impedir que seus atores, diretores e autores transmitam informações a jornalistas. Segundo Octávio Florisbal, diretor-geral da emissora, será feito um "trabalho de conscientização" para mostrar aos profissionais que expor a empresa "não é bom". Florisbal diz que nenhuma empresa brasileira é tão exposta na imprensa quanto a Globo. Revela-se incomodado com o fato de "assuntos internos serem discutidos na mídia". O executivo não gostou, por exemplo, do vazamento da idéia de gravação do especial de Roberto Carlos no Complexo do Alemão, no Rio. Diz que isso foi apenas uma idéia da área artística, porque a emissora já decidiu, anos atrás, nunca promover eventos em áreas de risco, como o Alemão (local onde foi assassinado o jornalista Tim Lopes). Como a informação vazou, a Globo se desgastou perante a comunidade _que exibiu faixas de protesto contra o "cancelamento" do show. No mundo ideal de Florisbal, jornalistas seriam os últimos a saber dos acontecimentos, e sempre pela assessoria de imprensa. Para ele, a substituição de Zeca Camargo por Tadeu Schmidt, no "Fantástico", teria de ser antes comunicada às agências de publicidade e ao patrocinador do programa. A Globo já monitora e-mails corporativos de seus profissionais para evitar que informações vazem por esse meio.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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Um comentário:
o zeca tá sem emprego?
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